Nós iniciamos uma série de artigos com o Tema: conhecendo o dispensacionalismo. No artigo de hoje falaremos sobre o dispensacionalismo clássico, e aos poucos iremos trabalhando ponto a ponto em artigos futuros. Então vamos começar. Se você não leu o artigo anterior onde falamos sobre o surgimento do Dispensacionalismo, clique aqui.
O DISPENSACIONALISMO CLÁSSICO
As principais doutrinas desta forme de dispensacionalismo são:
- A extrema dicotomia entre Israel e Igreja.
- Crença no pré-tribulacionismo (arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação).
- Divisão da história bíblica em 7 dispensações.
- A distinção entre o reino dos céus (reino messiânico) e o reino de Deus (reino moral/espiritual).
- A crença em duas novas alianças (uma para Israel e outra para a Igreja).
A teologia brasileira é basicamente dispensacionalista. Portanto, são poucos os círculos ou as denominações que rejeitam o dispensacionalismo clássico em solo tupiniquim. Até mesmo as denominações mais inclinadas ao dispensacionalismo revisado, como as Batistas Regulares e a Batista da Redenção, costumam se utilizar de materiais provenientes de teólogos ou editoras defensoras do dispensacionalismo clássico. Ao ponto que, muitas vezes, a linha que “divide” o dispensacionalismo clássico do dispensacionalismo revisado se torna praticamente invisível. De fato, essa linha é extremamente tênue.
Os principais autores
Os principais autores que defendem esta linha são John Nelson Darby, Cyrus Ingerson Scofield, James Hall Brookes e Lewis Sperry Chafer. Além disso, aqui no Brasil, o principal nome talvez seja o de Elias Soares — autor e palestrante na área. Outros brasileiros conhecidos na defesa do dispensacionalismo clássico são: Ciro Zibordi, Juliano Fraga e Roberto Cruvinel.
Portanto, o dispensacionalismo clássico encontrou um solo extremamente fértil aqui no Brasil. Grande parte das igrejas e denominações no Brasil o seguem. Denominações batistas (batistas gerais), a Assembleia de Deus, Quadrangular, Metodista Livre, Deus é Amor… estas são algumas das denominações dispensacionalistas. Dentre elas, a principal defensora do dispensacionalismo clássico é a Assembleia de Deus. Sem dúvidas.
O principal livro que rege esta linha interpretativa aqui no Brasil é o de Nels Lawrence Olson que recebeu o título de “O Plano Divino Através dos Séculos”. Este livro, lançado pela CPAD, vem acompanhado de um gráfico que recebe o mesmo nome. Este gráfico é amplamente conhecido em muitos institutos bíblicos e seminários espalhados no país — sendo base principal para a escatologia de muitas destas escolas.
Ainda, alguns outros materiais muito comuns na disseminação do dispensacionalismo são as Bíblias de estudo (além da Bíblia de Estudo Scofield). Outras que trazem o dispensacionalismo clássico como “fio guia” da interpretação bíblica são: Bíblia Pentecostal, Bíblia Dake, Bíblia de Estudo do Expositor (Jimmy Swaggart), Bíblia de Estudo Profética (Tim LaHaye) e Bíblia Jeffrey de Estudos Proféticos.
Concluindo
Assim sendo, o dispensacionalismo clássico pode ser considerado a principal corrente teológica no mundo, especialmente em solo brasileiro e em alguns outros países de fala portuguesa. Em solo americano, ele ainda é muito forte e está presente na maioria dos seminários teológicos. Dentre eles, o de maior destaque é o Instituto Bíblico Moody.